quinta-feira, 25 de julho de 2013

Um Café Demorado



Posso dizer que o tempo parou. Sim, ele parou naquele momento... Parece cliché, eu sei.
Tudo até aí era simples contudo aborrecido. Eu prometi a mim mesma que não iria cair novamente na fachada de amor á primeira vista, nem á segunda. Já me tinha bastado todos aqueles idiotas que atualmente mancham o meu currículo de relações.

Mas aí mudaste tudo, fizeste com que eu acredita-se (tola rapariga).
Tudo começou numa bela e cinzenta manhã, levantei-me e pôs a tocar Regina Spektor bem suavemente, fiz tudo o que sempre faço de manhã e sai  a correr de casa.

Assim que cheguei no meu café habitual, já estavam a preparar o que eu sempre como ali . Sentei-me na mesma mesa de sempre e tirei o meu livro do momento. Passei uma boa meia hora assim até que ouvi o sino da porta tocar e alguém a entrar... Despertou logo em mim uma curiosidade imensa. Talvez por não conseguir ver o seu rosto ou então por ter um cabelo que parecia agradavelmente sedoso.

E aí a história se desenrolou,  os nossos olhos se cruzaram,  os nossos corações sincronizaram no mesmo canal e o mundo parou... Já nem me lembro quem meteu conversa com quem, mas lembro-me da sua imagem esbelta e do seu sorriso perfeito, quase saído de um anuncio de pasta de dentes.

Falamos muito, viajamos muito, planeamos muito, coramos e rimos muito. Mas tudo acabou, o café arrefeceu, os sorrisos ficaram suspensos e os nossos olhares intactos.

Parecia que me puxavam, era a realidade a puxar-me, a fazer me ver que tudo não passava de um sonho absurdo e que tu apenas foras buscar um café e partiste logo. Foi uma alucinação, uma paragem no tempo, mas do teu sorriso nunca mais me esqueço.

Acabo o meu café já frio, arrumo o meu livro e saio para a realidade, saio para a rotina que é a minha vida.
Pois essa não para.


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